Thursday, August 23, 2018
The Ashes are Burning!
Às oito horas da manhã
era o “breckfast”, servido no Hotel londrino, única refeição a que tínhamos direito
ali. Nada mais existia para saciar a nossa fome sempre “sedenta” e necessária
ao nosso bem-estar ali.
O meu pai tinha destas
atitudes e destes gestos para que agíssemos sempre por nossa conta “desenrascando-nos”
entregue a nós próprios, emanando e tendo como objetivos uma educação cívica
exemplar e aprazível. A pensar na nossa vida futura. A nossa vida era nossa.
Esta geração dos “setenta”
era propícia na sua grandiosidade estabelecendo condutas e posturas
irrecusáveis ou falhas de autenticidade pelo valor imenso de que todos a
viveram. Éramos e vivíamos sempre na audácia e na ânsia e desejo da aventura.
Vimos numa Estação do
Metro de Londres um “painel” decorado e arranjado a preceito de que no Victoria
Theatre, perto da Victoria Station, iriam atuar e encantar o grupo fabuloso e
extraordinário que eram os “Renaissance”. “Vibrávamos” com este grupo musical e
vê-lo ao vivo seria um “milagre” puro dos nossos ensejos e de fascínio. Era uma
oportunidade notável e sublime do nosso comum sonho, sonhado agora.
Já dentro da Sala onde
iria decorrer o espetáculo, podemos visualizar que estava repleto. As pessoas estavam
pacatas, serenas e calmas transmitindo a todos os presentes ali uma delícia e
uma pureza admiráveis de sonho.
Havia ali um pouco de
tudo. Crianças, adolescentes, pessoas de meia-idade e idosos. Todos efusivos de
uma curiosidade marcante e benfazeja, todos dando oportunidade aos sonhos de
magnificência e de excelência que passava por aquele instante mágico. De uma
beleza inconfundível.
Uma vez, todos sentados
e nos devidos lugares, surgiu uma “Banda” de “Apoio” aos Renaissance, fabulosa
e gigantesca que nos maravilhou e deslumbrou. Era Excelente. No final da sua
atuação aplaudimos e demos-lhes um valor supremo.
A seguir surgiram, os
brilhantes e de formusura musical ímpar, os “Renaissance”. Surgiram com uma lindíssima
e de maravilhar, Annie Haslam vestida de branco e com uma voz estupenda e
fantástica que nos preencheu sublimemente em tudo. Tudo mesmo.
A Banda tocou o Álbum
todo: “Ashes are Burning”! Indescritível por ser de sonho. Um sonho que foi
concretizado há muito nas nossas vidas. Jamais o esqueceríamos.
Ainda, nos dias de hoje,
o lembro com um “brilhozinho nos olhos” de enternecer e deslumbrar.
Foi inesquecível.
The Ashes are
Burning!
António Pena
Gil
Obrigado.