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Monday, October 08, 2018


A Minha Nula E Ao Mesmo Tempo Prodigiosa Memória Que Possuo!

Levantei-me por volta das 7:00 Horas. Acordei por mim próprio. Sim! Não ouvi o “badalar” dos sinos da Igreja em minha casa e nas cercanias dela.
“Galguei” as escadas, em direção à cozinha, contando-as, como faço sempre.
Tomei o pequeno-almoço que eu preparei e dirigi-me ao meu recanto aprazível e precioso. Fiz o registo imemorial de contar o resto das escadas até lá chegar.
Por vezes, surpreendo tudo e todos porque a minha memória chega a ser excelente na minha vida de outrora, indo aos pormenores mais “descabidos” ou imemoriais em que relembro tempos passados na minha infância e juventude vividas na plenitude do meu Ser.
Já o que refiro nos Tempos atuais necessito de um diário pessoal onde registo tudo o que executo ou profiro. Não me lembro de nada de nada que se passa comigo no meu dia-a-dia. Muito mesmo na lembrança do que foi esse dia?
Ao entardecer faço a leitura do que registei sobre o que fiz ou passei neste quotidiano esquecido, totalmente ausente de perceção minha.
Às vezes, o meu irmão João, que não se lembra nada da nossa juventude e infância, “bate palmas” de sinceridade, ao meu recordar de tempos passados, até mesmo episódios marcantes passados com ele. Lembro-me até dos nomes das pessoas que eram nossos amigos mais próximos ou sem o serem. “Isto” deixa-o maravilhado, atónito e perplexo. Como pode haver alguém assim como eu? Será uma doença? Uma motivação grandiosa do meu Ser?
Os Tempos de hoje precisam que eu registe ao pormenor o que faço e profiro. A minha forma de agir em circunstâncias que esqueço com facilidade e de forma constante e que tenho necessidade de escrever, para dar-lhe significação e lembrança. Não consigo memorizar. Como o fazia sobre os meus sonhos de antes. Porquê? Assusta-me o que possa ser? Porque a memória não assiná-la nada de nada? Quando me “debruço” sobre o meu Diário para fazer o balanço do dia vivido fico estupefacto, incrédulo e pasmado porque não me recordo de nada. Nada de nada do que efetuei ou disse?
A Minha Nula E Ao Mesmo Tempo Prodigiosa Memória Que Possuo!
É tudo, brilhantes amigos.
Daqui a pouco este texto vou esquecê-lo. Terei que vir cá relembrá-lo.
Obrigado.
António Pena Gil