Saturday, October 13, 2018
Sonhei Com As Divagações Do Meu Ser!
Entro no café. As suas
paredes parecem segredar-me. Evidenciar-me vidas de fascínio e beleza que perdi
há muito. Até os seus nomes parecem-me distantes. Inalcançáveis.
Entra gente. Sai gente.
Possuidores de olhares que me ignoram. Que me fazem ausente. As moscas “sobrevoam-me”
perturbadoras. Sem lugar certo onde pausarem. Peço um café e uma água. A
empregada recebe esta atitude com uma grandiosa indiferença. Vive a sua
escondida vida de habitual incompetência consigo e comigo.
E, eu estou lá. Estou a
ocupar um lugar. Aconchegado ao meu eu. Carregado de sentimentos. Também não
entro no mundo e no “jogo” do seu desentendimento estranho e antipático.
Ignoro-a.
Estou vivo. Existo.
Nestes instantes de
nada sonho imenso com Ele. Deixa-Me viver. Não! Nunca Lhe perguntei porque
procede assim?
Talvez, não O incomode
muito? Talvez, goste de mim.
Não sou muito “dado” a
muitas falas. Não sou muito “dado” a muitas ideias. Encontro-me constante e sempre
na aventura do meu sentir que é meu. Sinto conversas desencontradas. Díspares. Parecem
sussurradas. Segredadas muito baixinho. Também não preciso delas em mim. São
conversas que me não dizem nada. Nada, mesmo. Escuto uma conversa aqui. Outra
ali. Várias conversas desinteressadas. Sem sentido para mim.
Às vezes, são apenas,
conversas da minha complexa existência. Difícil de entender. De compreender. De
assistir e desvendar o mundo e o Planeta onde moramos. Onde a nossa existência
sente e pensa.
Acredito na poesia
destes instantes lindíssimos e perfeitos. Que se compadecem por eu a levar para
todo o lado. Nunca deixei de acreditar na poesia e nos meus pensamentos ao
acaso. Distantes.
Enfim, “assimilei” o
lugar onde me sento. Tomei o café.
Imiscuí-me no eterno
sonhar para fora dali. Pensei em mim e em vós.
E, sonhei com As Divagações Do Meu Ser!
Obrigado.
António Pena Gil