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Monday, March 05, 2018



A Minha Geração Inconformada!

Vivia-se em Portugal a plena ditadura “Salazarista”. Sim! Chamávamos aos polícias de “fascistas” sem sabermos bem a sua significação.
Os “Beatles” revoltavam-se criando a “loucura” de um inovação musical nunca vista. Os “Rolling Stones” escandalizavam por onde passavam.
O “Woodstock” fez-se presente, onde tudo era possível. Surgiu o “nudismo” simbolizando indignação e o confronto entre os valores e os princípios dos mais controversos e “conformes” ao estabelecido. Uma revolta juvenil muito contestada.
Surgiu a guerra do Vietnam que “roubou” homens e foi de uma intervenção não consumada e uma derrota manifesta e visível aos valores dos E.U.A.
Era uma geração fabulosa.
O meu parecer destes tempos era a música.
Quem não se lembra dos Genesis em Cascais? A potência da “máquina” dos seus “apetrechos” musicais deixou esta cidade à luz das velas. Foi o último Concerto deles.
O vocalista deles Peter Gabriel abandonou o Grupo para seguir uma carreira a “solo”. Phill Collins, o baterista sublime, assumiu a vocalização numa voz idêntica ou quase parecida resolvida com o abandono deste talentoso e genial músico que era Peter Gabriel.
Depois disso, tempos passados, assistiu-se à extinção do grupo. Como adorava a sua existência e talento vindo deles.
Em Londres assisti aos majestosos e fabulosos “Renaissance”. Um Grupo em que se viam a assistir, idosos. Crianças. Pessoas de meia-idade. Simplesmente, extraordinários. Para todas as pessoas.
Existia um grupo que me fascinava pela sua beleza e a sua excelência. Chamavam-se “Magna Carta” que, nos dias de hoje ainda escuto. Embevecido. De forma aprazível e mágica.
Andava à boleia por todos os lados por escassez ou nula posse monetária.
Vivi estes instantes maravilhado e deliciado.
Como ambicionava regressar a estes tempos de “chama” linda e notabilidade de uma geração fantástica e terna de então.
Tudo me pareceu um tempo importante e imprescindível na minha vida.
Valeu a pena recordar.
Valeu a pena a minha lembrança destes tempos imemoráveis e de uma grandiosidade ímpar para mim e muitos “rapazes” e “meninas” que o viveram com uma recordação inesquecível e sempre presente. Estou certo disso.
Foi a minha geração inconformada!
Obrigado.

António Pena Gil