Wednesday, March 14, 2018
Já
Não Consigo “Agarrar” O Tempo/Espaço!
Já
não consigo “controlar” o Espaço/Tempo. Está descontrolado. Ao acaso do que
sou.
Não
tenho horas. Não consigo existir olhando e tocando as horas, os minutos e os
segundos.
Acordo
sempre com o “badalar” das horas da Igreja próxima. Conto sempre o seu “badalar”
um por um. São sonoros e audíveis os sinos. Sim! Conto-os atentamente. Acordo e
levanto-me com eles.
Conseguem-me
ser simpáticos. Amáveis. Preocupam-se comigo.
Sinto-me
como Albert Camus um “Estrangeiro” de mim. Na sua obra sublime e soberba “L´Étranger”.
Divinal e que se irá ler e apreciar tempos infinitos.
Desperto
sempre assim. Desta forma estranha e nunca imaginada.
Os
meus sonhos e a minha vida passam bem sem horas. Sem o tempo imparável e impercetível
em mim.
Não
tenho pretensões ou desacordos com eles.
É
plausível viver deste modo diferente da normalidade existente e visível. A que
me submeto num mundo que nunca concordaria ou aceitaria este instante seguido
de momentos anormais e controversos.
“Abraço-os”
com ternura e de forma mágica e sublime por contarem os dias do calendário onde
escrevo os meus preciosos sentimentos que me percorrem sem parar.
E,
eu partilho com encanto e deslumbre o que me acontece. Sim! Convosco.
Já
não consigo “agarrar” o tempo/espaço!
Lá
me “pessoalizei” de novo. Não o consigo evitar. Desculpem.
É
tudo.
António
Pena Gil