Thursday, September 21, 2017
Os Meus Delírios!
Todos os dias venho aqui falar-vos e expressar-vos os meus
delírios.
Sim! Delírios do Ser. Delírios do Sentir. Delírios do Estar!
Acredito, vivamente, que os ouçam e os leiam, mas preocupados
e apreensivos pela vida que confeciono nada usual. De forma tão óbvia e
manifesta. Que pode causar pasmo. Espanto. Incredulidade. Desculpem, não é isso
que eu desejo ou pretendo. Está bem? São só formas de viver neste mundo. De
existir. De Ser. Os Delírios não me fazem mal. E, deitam para fora de mim tudo
o que sou. Aliviam o Ser. Está bem?
Tenho que vos agradecer. Sim! A todos e todas. São uma forma
de me governar. De existir convicto. De uma vida que é minha.
Os delírios entrincheiram-se no que sou, acreditem? Fazem-me
sonhar sonhos delirantes. Fantásticos. Intransmissíveis.
A razão? Não sei. Sinceramente não encontro uma razão.
Talvez, aliviem e atenuem o comando e o exercício de tudo o que faço e sou.
Uma imensa panóplia de sentimentos e pensamentos que possuo
em mim. Sim! Com os meus delírios que são uma maneira de sentir o Planeta. Vasto
e majestoso. Incompreensível..
Não! Não “deposito” nada em vós. Espero que entendam e
compreendam. Apenas sou assim. Como sou. Como me governo. Como vivo. Como sou. E,
eu que nunca me governei. Nunca fui. Também, nunca fui governado.
Somente e unicamente adoro os meus delírios. Vivo
“aconchegado” a eles. São como um “abraço”. Como um “colo” do mundo. Sim! Do
meu mundo.
E, não é fácil ser assim, sabem? Passo por muita coisa sem
saberem quem sou. Apesar de os delírios nunca me comprometerem. Sim! Com o meu
compromisso de viver que é meu.
Talvez, seja indevido ou inconveniente. Talvez, o repulsem do
vosso entendimento.
Isso eu não desejo. Eu não quero.
Unicamente, os meus delírios existem em mim. Nunca os
abandonarei. Nunca ficarão sozinhos. À mercê do acaso. Esquecidos no espaço e
no tempo que sonham a vida..
Funcionam como as “anestesias” constantes, lembram-se? São
aliados a eles. “Anestesias”. “Delírios”. Todos eles fazem parte integrante e
existente do meu estar aqui. Sim! Incomodá-los com o que digo. Com o que
expresso. Com o que existo.
São “delírios existenciais”, pronto! Nada mais. Estão
presentes. Estão aqui em mim. Vão para todo o lado comigo. Não, à muita beira.
Sim! Dentro de mim. Do que sou. Do meu existir.
Pronto, tenho “delírios”.
Ninguém mos transmitiu ou enviou. Coabitam comigo, com o meu
estar, sempre. Fazem parte integrante de mim. Desde o nascer até “partir”.
“Deliro” a vida. Com sensatez. Com sobriedade. Com lucidez.
Até fazem bem. Eu que nunca estou bem.
E, pronto, é tudo.
São os meus delírios de que gosto!
António Pena Gil