Sunday, September 03, 2017
Eu Preciso de Pensar,
longamente!
Todas as minhas emoções
“abanam” no meu ser quando penso. É já costume procederem assim. Paro imenso
tempo parado pelo efeito das “anestesias” do Ser desnecessárias. Controversas.
Imprescindíveis para alguns. Não! Para mim, Não!
O meu pensar faz-me “transportar”
para o âmago mais interior das pessoas. Não costumo falar muito. Abro a boca e,
logo, é interrompida.
Os seres que me rodeam
“gritam” com desespero por estarem sós com a vida. Inexplicável. Também não
necessitam que se explique. É o que é. As pessoas. O seu viver. O seu estar. O
seu sentir.
O “rodopio”
interminável delas no seu inconsequente mundo. Que “agarram” com desespero. Com
querer. Com a audácia que os faz. E, nada mais. E, nada mais.
São “preguiçosos” a
pensar. A dar azo ao evoluir as suas ideias que os fazem. As ideias dos seus
ávidos afetos. De procedimentos vazios. Ocos por dentro. Com areia cerebral que
abanam e abanam.
Quando viram a cabeça o
pescoço inerte range de falta de movimentos.
Por ser intrigante, fazem-no.
Logo ficam preguiçosos de não fazer nada.
Nem com o cérebro. Nem com o “ranger” do pescoço. Ausentes das emoções
existências facilitadas e pouco destemidas.
Só um louco diria isto.
E, eu? “As anestesias” que faço delas? Nunca as deitaria no lixo. O caixote
rebentaria com o peso” delas.
Do Planeta e das suas
maravilhosas gentes.
Vejo assim o mundo. A
ternura do ser. Do sentir tudo isto. Adoro olhar as paredes da minha vida. Do
teto. Dos lados. Do espaço onde estou.
Quando estou só, conto
os azulejos. Conto os degraus da casa. Conto os quadros nas paredes e faço uma
crítica ao Pintor delas. O pintor! Necessita de muita paz. Sossego para fazer o
que faz. Tranquilidade para as tintas. Discernimentos pelo “rodopio” do pincel
na preparação das tintas e deles próprios. Posicionam-se mais facilmente para
absorver a luz e a contra-luz. O que ficaria melhor onde estarem? E, pensam….Na
tela. Todos eles comportam uma magia de ser. São cidadãos do mundo. Da vida. Do
Planeta.
E, eu gosto de apreciar
tudo “isto”. São eles e elas a serem. Na sua postura credível e incisiva busca
de existências como a deles.
Pensam como girassóis.
Os girassóis “cantam”?
Dizem-me, num afago de “senhores
do mundo” que os girassóis “cantam”. E, fico feliz por “cantarem”. Ficaria
feliz se todas as lindas flores “cantassem”. Todas elas. E, assobiassem? Diz o “Senhor
das Leis” que também sim. Também ”assobiam”.
Hoje, o dia foi útil ao
meu ranger do pescoço. À minha areia “abanada” no cérebro.
Que hei-de-fazer mais?
Nada.
Sim! Nada mais.
Sejam felizes, por
favor, sim?
Com respeito.
António Pena Gil
(É um livro meu que é um Romance Histórico-Polocial)
Os adolescentes poderão ler se assim o desejarem.