Sunday, September 17, 2017
O 14 de Setembro!
Fora sempre o meu hotel modesto de sempre.
Higienizado ao pormenor como era dever e obrigação dos seus
administradores incansáveis e simpáticos.
Era uma espécie de refúgio solitário dos meus livros. Das
minhas “coisas”. Das minhas emoções mais susceptíveis ao isolamento. Entregues
só a mim próprio.
Entretanto a minha vida mudara e hoje foi um lugar de sonhos
familiares.
Foi uma partilha festiva e comemorativa do nosso belo 14 de
Setembro inesquecível para sempre nas nossas vidas resplandecentes.
Ficava sempre ali quando viajava para aquelas paragens
alucinantes e majestosas.
Quando abri a porta da varanda do quarto, o mar imenso e
vasto que se “espraiava” na areia da praia deserta marcava uma presença de
deslumbre e fascínio. As suas ondas calmas e de encanto chegavam alvas e
espumosas, batendo nas rochas e na praia com beleza e imensidão que pareciam
infinitas e sem término.
Olhando a sua vastidão de água, esta perdia-se lá longe onde
nem sonhávamos onde, tal a amplitude e dimensão só pertença de alguém Divino que
respeitávamos e nos proporcionavam uma beleza terna e mágica. Maravilhosa.
Os seus donos viviam uma felicidade e alegria de nos presentear
com tudo o que tinham e não tinham de bom e agradável.
Eles sabiam que eu era já parte integrante da vida deles e do
seu conforto que faziam com amabilidade e ternura. Parte da minha vida fora
passada ali. E, eles não o esqueciam. Não podiam, em opinião deles.
Eu era como um filho que nunca tiveram.
Um menino que se fez homem agradecido para com eles. Educado.
Com civismo e Cidadania como os tratava sempre.
Com o convívio da minha cara-metade nem sabiam como tratá-la,
nem como agradar-lhe, tal a importância e apreço que sentiam no trato e na dedicação
para com ela?
Quando ela viu o mar parecia tombar ali mesmo de maravilha e
incredulidade majestosa. Nunca vira um lugar tão lindo e fantástico como
aquele. Era um autêntico cenário paradisíaco. Era Divino. Era obra de Alguém extraordinário
e inexistente como ser humano comum. A minha cara-metade adorou, embrenhada em
si imenso. Sentiu-se bem. Muito bem. Fascinada e deliciada.
Na companhia da vastidão de água daquele mar, comemos uma
lauta e fabulosa refeição em privado, com o que de melhor havia ali. Foi uma
refeição de sonho. Daquelas atitudes e gestos que jamais se esquecem.
Eu adorei. Ela adorou.
Não faltou nada.
Quando viemos embora aqueles humildes seres humanos despediram-se
de nós com uma gota escorrendo dos olhos.
Viramo-nos muitas vezes para trás em sinal de gratidão e
agradecimento.
Fora mágico. Inesquecível e fascinante.
Obrigado, meu Deus, dissemos baixinho e murmurando só para
Ele ouvir. Unicamente, Ele.
Foram dois dias de uma beleza e encanto inesquecíveis e
marcantes para nós.
Quando o mar ficou para trás fiquei-lhe grato pela magia e
aqueles dias de fascínio como nunca tivera na minha vida.
Uma paixão imensa apoderou-se e abraçou-nos com significação
e beleza infinita dos nossos seres.
Fora Fantástico.
Fora mais um 14 de Setembro nas nossas vidas.
António Pena Gil
Sejam felizes, sim?