Sunday, April 22, 2018
“Existo”.
Vivo, somente. Sim! Com O Meu Fiel Pensamento!
Tento
reconhecer-me. No que sou. No que sinto. Reconheço as palavras. Saltam. Pulam. “Agarram-se”
ao papel, mas não as consigo “ juntar”.
Sim!
No contexto do que sonho. Sempre sonhei. Daquele eterno sonho que era a minha
ânsia desejada.
Expressá-las
“seguidinhas”. Umas a seguirem a outras e, assim, por diante. E, era tão óbvio,
conseguido, comovente, fácil. Creio, faltar algo?
O
pensar convincente. Fiel ao que sempre fui. Para mim, de profundeza. Perto
Dele. Puras e ternas.
Mistificado
numa invulgaridade que adoro. Que me inquieta, é certo. Mas, que me assola, sem
eu entender?
Vivo
nas “explosões” de entrega de letras díspares que não devo expressar ou
conceber. Tenho que ter tempo para mim, mas creio não o ambicionar desta forma.
As letras das palavras cada vez me “fogem” mais e mais. Cada vez, me confrangem
mais e mais.
Pela
intencionalidade de deslumbre e maravilha intensa e plena que dirijo a seres de
excelência e fascínio que vocês são e merecem.
Apenas
e só por olhar-vos. Em sigilo. Distante da existência do meu “eu”. Distante da
existência do Mundo. Distante da existência dos “meus”. Distante da existência
de vós. E, isso, vê-se.
Creio,
mesmo, não o desejando.
Creio,
com sinceridade que tudo o que escrevo ou faço não exige um “preço” de aceitação?
A sua evolução restringe-se num “abraço” de um choro triste ou alegre, mas
confuso e muito baralhado.
Desorientado
no tempo. “Apagado” na forma como o sinto. Numa “bússola” do Mundo que sempre
me deu forças. Poder. Estabilidade.
Talvez,
não devesse pensar assim, como penso?
“Abano”
o meu estar. Com enérgicos assomos de ver. Sim! De ver quem sou? Fortalecido
por quem me lê.
Devo-lhes
tanto e tanto. Imenso. São como uma amplitude projetada do meu “eu”.
As
vossas palavras doces e lindas não têm “preço”? As minhas também não. Não! Não
existe esse “comércio”. Não estão à “venda”. Não se “compram”.
Sempre
irradiei esse “comércio” de mim. No compromisso recíproco com o eterno existir.
Harmonioso. Repleto de estabilidade. Assumido. Presente.
Em
uníssono com o Planeta que amamos e é nosso.
O
“comércio” das palavras não se coloca à venda de ninguém. Ninguém, mesmo.
Amam-se
como se amam as pessoas.
Ternas.
Perfeitas. De sonho.
Também
nunca procurei ou ambicionei ser “lido”?
É
uma honra imensa.
Obrigado.
É
tudo.
António
Pena Gil