Sunday, April 15, 2018
Uma Estrela Preciosa Que Sorri Para
Mim!
Quando sonho, faço-o demoradamente.
Tenho a sensação perfeita da confusão instalada em mim,
desconhecendo ou ignorando a realidade confusa e a irrealidade absorvida com
intensidade e fascínio muito belo.
Talvez, Freud ou Ele me explicassem porque sou assim? Porque
sou composto desta matéria em mim, sem me entender?
Ambos, sentiriam um certo incómodo percetível e inexplicável.
Às vezes, desejo-me transportar para Universos distantes,
lindos, amigos, que moram na morada do encanto e pureza sentimentais e
existenciais, mas que me provocam e me suscitam uma delícia e uma felicidade
que me preenchem.
Tenho sonhos adormecidos no sonho de mim que nunca revelaria.
São secretos. São pessoais. São intransmissíveis.
O seu valor sorri constantemente para mim.
Quando olho os céus de qualquer lugar paradisíaco,
aproximo-me/distante que estou, do meu Planeta lindo, onde me encontro sempre
uma estrela que sorri para o que sou. Tem um sorriso tão maravilhoso. Fascinante
de pureza e beleza.
Sabem, conquistei essa estrela sem a comprar. Eu só sei que
me pertence. É, inequivocamente, minha. Adoro-a, com todas as forças que possuo
e faz de mim um sonhador de sonhos.
O meu sonho divaga, divaga, divaga, lentamente, sem pressas e
apercebo-me que comporta uma ternura e carinho imensos.
A culpa é dela, da estrelinha e do seu poderoso poder.
Nunca consegui explicar o inexplicável.
O meu sentimento já há muito depositei-o nessa estrelinha que
é minha.
Todas as pessoas deveriam ter uma estrela que lhes sorrisse.
Que as pudessem abraçar carinhosamente e ao seu
extraordinário cintilar enorme e que faz bem.
Sentir paixão. “Enamorar-se por ela e pela sua inércia
gigantesca.
Se eu pudesse explicar o Universo? Se eu me pudesse explicar
a mim? Porque olho os céus com tanta dedicação e paixão?
Adoraria ser como as outras pessoas, mas aquela estrela
ampara os meus atos, as minhas decisões, por mais controversas elas sejam.
Comanda o meu Ser. Cintila e emana um brilho poderoso, franco, lindo, sincero.
Amparador e afagante, sabem?
Se um dia ma roubassem, roubavam-me a mim.
Resistiria sem lutar.
Apenas, questionaria o furto. Porquê a mim?
Estes furtos são irreais, como os sonhos o são.
Não o conseguiriam. Só sei isto e, isto, comove-me imenso,
acreditem?
É verdade.
É minha.
António Pena Gil