Saturday, April 14, 2018
Só
Sei Escrever Sonhos. As Objetividades Materiais, Ignoro-as. Não Fazem Parte Do
Que Sou. Desculpem!
Ouvi
dizer que não sabia escrever porque “pintava” e sentia as pessoas numa
exagerada descrição que era simpática.
Não
sei. Se calhar não sei. Nem nunca saberei.
Nunca
soube escrever porque eles e elas cintilam Alto a que não consigo chegar.
Sou
assim! Têm razão, não sei escrever. Apenas quero agraciar a dádiva da amizade.
Uma amizade plena de reciprocidade.
Os
“Quadros humanos” que “pinto” com ternura, “roubam-mos” assincronamente. Vêm buscá-los,
não sei porque razão? São meus. Muito meus. Não servem porque não sei
expressá-los. A doçura não serve. Não “encaixa”. Não se ajusta num sentir que
sinto. Que conto. Que amo e adoro. Com a minha ternura que é minha.
Que
faz parte de mim. Que preenche a minha significação autêntica de verdade aqui.
Com
cores belas. Palavras. Atitudes que primam pelo elogio manifesto e sentido.
Pessoas
gigantescas que primam pela maravilha e deslumbre. Penso que não se enquadram. “Existem”
no que são com fascínio e forma mágica dos seus Seres.
Querem
que jorre “pedregulhos” insensíveis e obsoletos que não consigo expressar.
É
ponto assente: Só percebo de atos de “ficção”. E de sonhos lindos. Sonhos
puros.
Desculpem-me
ser assim.
Exatamente
como sou e me sinto bem.
Coloquem-me
“algemas” nos sonhos e verão?
Morrerei
de imediato, sabem?
Só
Sei Escrever Sonhos. As Objetividades Materiais, Ignoro-as. Não Fazem Parte Do
Que Sou. Desculpem!
António
Pena Gil
Obrigado.