Friday, October 06, 2017
O “Mito de Sísiífio” e “L´´´Etranger
de Albert Camus. “L´Être et Neant “ et
La Lausée” de Jean Paul Sartre.
São ideologias existenciais de vulto dos dois fundadores
oriundos da literatura francesa. Da Literatura universal.
Estou numa idade de reler tudo o que foi marcante para mim na
minha deliciosa adolescência.
Uma adolescência que não tive oportunidade de “vestir” o meu
Universo pessoal e existir feliz.
Optei pela construção do meu estar.
Estes Seres Humanos
fabulosos fazem relembrar livros majestosos e perfeitos.
Somos “estrangeiros” da vida. De uma vida absurda. Como
estado metafísico do Homem Consciente..
São fantásticos na “tomada” com sucesso e fascínio manifestos
e admiráveis.
Sartre “idolatrou-se” com as suas obras de sonho. Li-os
todos.
“Adornei-me” de coragem e, agora, estas obras que fizeram
parte de mim e do que sou.
Falo de absurdos. Com razão. São pertinentes ao meu ser e
sentir o mundo e o Planeta.
As nossas vidas desconhecidas que merecemos revivermos.
“Tomei-os de “assalto” sem pedir que me explicassem nada.
Na “Náusea” enchi-me de um vácuo admirável. Sublimes de uma
altura. Pertinentes e de causar arrepios de leitura apurada. Nunca os abandonei
por completo. Eram muito significativos.
Explicam-me. Dissecam-me. Tiram-me sonhos inacabáveis e
míticos de mim.
Preenchiam uma emoção maravilhada e fascinante por estar
perto deles. Existiam com múltiplas emoções. Muitas emoções. Do seu ser
fabuloso que nada que explica o que de significativo possuo em mim.
Nunca os perderei, explicativos do que sou.
Do meu Ser.
“O Ser e o Nada” explicou-se.
“Acobardou-se” pelo que fez comigo na “A Náusea”. Sair de lá,
não foi tarefa fácil ou insensível.
Apenas, tinha que fazê-lo.
Eram tantas pessoas intemporais. Que me “adornaram” e me
“embelezaram” de querer e compreender. Deixou-me de “rastos”. Pela beleza. Pela
pureza. Pela importância.
Quando “confecciono-me” da ambição de ser parte integrante
dos seus livros. Só existenciais. Senti verdade e autenticidade, mas estafantes
e muito cansativas.
Já tinha passado por lá há muito.
Talvez, fosse a ocupação e ansiedade de discernir o que
ambicionava. O que me preocupava. O
“lodo” em que me inseri. O estado significativo do meu eu fatigado. Gasto.
“Desprendi-me” desta ideologia a muito custo. Quase à força.
Quando a esqueci, senti uma ausência de contemplar o meu Planeta que era meu.
As obras que me cativaram. As sensações livres e isentas de “grilhões”
responsáveis de mim e do que pretendo ser.
Só o insulto nos jornais da época deixava-me desolado e
triste. Teria que sair. Custasse o que custasse.
E, saí sem justificações plausíveis para prejuízo do meu
sentir. Será eternamente irrecuperável.
Serei sempre o Ser pensante que sou. O Nada de benéfico para
o meu despoletar a vida com encanto e convicção.
Visitei o seu Café em Paris. Bem escondidinho para não ser
incomodado.
Foram descobertos.
Descobri-os entrincheirados de sempre.
De tudo. De gestos dignos e precisos.
Como adora falar deles.
É como regressar ao meu restrito mundo. “Construído” no
infinito da vida. Com ternura e arrojo.
É tudo.
Muito mais havia a contar.
Fico por aqui, mas votarei para dotar estes deslumbrantes e
majestosos protagonistas de uma filosofia que cativa. Que tudo merecem.
Que “construíam” o mundo adornado de carácter significativo e
perfeito.
Sem mais.
Espero que apreciem.
António Pena Gil
Sejam felizes, sim?