Friday, December 22, 2017
Só Sei Fazer “Isto” Que Faço!
Choro. Só sei fazer “isto” que faço.
Falo de mim. Falo das pessoas. Falo do seu “Universo”
interpessoal. Falo da beleza dos seus olhares puros. Ternos. Doces. Que
cintilam com bonomia plena e vasta. Dum Firmamento delicioso. Soberbo.
Choro. Falo de carinho e ternura que nenhum homem faz.
Falo da família. Falo dos meus adoráveis filhos de enternecer
e deslumbrar.
Choro. Só sei fazer “isto” que faço. Será normal fazer “isto”
que faço?
Falo de felicidade. Falo do amor. Que nenhum homem fala.
Talvez, o guardem na sua intimidade que não divulgam.
Falo da delícia e do encanto que é “vestir” as pessoas e “explodir”
a poesia que tento confecionar que ninguém lê.
Choro. Será que o que escrevo tem fundamento ou aceitação
plena? Duvido.
As pessoas têm mais com que se preocupar. Têm a vida deles.
Que não passa aqui. Sou demasiado “lamechas” para lerem ou aturarem.
Choro. A atitude meiga como falo às pessoas nenhum homem faz.
Escondem a sua amplidão meiga para si próprios. Não! Nâo a divulgam como eu
faço.
Olho as estrelas e os planetas lá no alto e falo com Deus.
Será sensato fazer “Isto”? Falar com Deus. Nenhum homem fala com Deus.
Choro.
Só sei fazer
“Isto” que Faço!
Desculpem-me,
sim? É com amor que o faço.
E que nenhum
homem faz. Mesmo eu sendo um homem.
António Pena
Gil
Boas Festas,
amigos extraordinários, sim?