Thursday, December 14, 2017
Mais Uma “Noite Branca”!
São três horas e quarenta e três minutos da manhã. Vejo com
agradável sensação as achas a arderem na lareira. Aconchego-me a elas num afago
sincero.
Traz e comporta um “abraço” gostoso. Ampara. Suscita
conforto.
Todos estão já entregues ao sono.
Hoje, fui visitar o meu extraordinário médico. Explicou-me
minuciosamente o que era um “Derrame Pleural” de que sofria. Foi uma conversa
interessante. Majestosa. Perfeita.
As “anestesias” podem viver em mim muito tempo. Até largarem
o meu ser atento e perspicaz que desconheço.
Fez-me o desenho da membrana e dos pulmões. Referiu que a
pleura movimenta-se com os pulmões na respiração.
O enorme contratempo é se evolui mais do que encontra. Por
outro lado rodeando a pleura existem espaços que são um vácuo e vazio. Se o
liquido se desenvolve e cai aí, o problema ainda se torna mais desanimador e
mau.
Enquanto falava, eu ouvia-o atenta e interessadamente.
Falei-lhe que adorava ir visitar sozinho a Terra Santa. A
Igreja do Sto. Sepulcro em Jerusalém.
Explicou-me com aquela calma “invejável”que o caracteriza
sempre, dizendo-me que havia excursões religiosas para lá a um modesto preço.
Para maior segurança dos excursionistas iria um guia connosco. Acompanhando-nos
para todo o lado onde fossemos. A língua falada era o Inglês.
Retorqui-lhe que seria o mais importante sonho que possuía já
de pequeno.
Ver o “Túmulo de Maria” e o “Túmulo de onde Cristo ascendeu
aos céus”.
Bastava falar com o Pároco “responsável” pela minha freguesia
e combinar e acertar datas. Combinar-se-ia também o preço que iria despender
para uma pessoa que participaria na viagem. Eu!
Era mais fascinante do que pensava porque incluí-a uma
passagem pela Terra Santa.
Fiquei entusiasmado. Fiquei maravilhado. Fiquei deslumbrado.
Esta passagem pelo Padre ficou suspensa porque eu só a poderia
realizar depois dos Exames muito importantes que teria de efetuar no Hospital local
e debelar o problema de saúde que se imiscuira em mim. Urgia resolvê-lo rápida e
celermente.
Cada vez, penso mais que, se se quiser, tudo se concretiza,
prontamente...
Quando saí da Igreja, depois de falar com a pessoa certa caí
em mim de alegria e felicidade.
Ía concretizar o mais belo e fabuloso sonho da minha vida.
Nâo deixei de pensar na perigosidade da viajem sobrevoando países em guerra.
Uma guerra que se tornou mais perigosa ultimamente com a
cidade de Jerusalém, capital da Palestina ou de Israel. Em face, desta
indecisão a guerra apoderou-se dos dois países.
Por vezes na entrada na Igreja fruto dos meus sonhos,
formavam-se duas filas; uma para os Muçulmanos; outra para os Católicos. Mesmo
bem separados na entrada vivia-se troca de agressividade e violência entre as
duas religiões.
Expliquei o meu problema de saúde e, simpática e amabilidade o
Pároco tudo faria para eu visitar aquelas Terras Sagradas da “historicidade” de
Cristo.
Depois, da informação do Pároco da minha Paróquia deu-me
forças para o que se passaria no Hospital feito de gentes maravilhosas. Majestosas
e de excelência como me tratavam.
Iria resolver o problema em finais de Janeiro.
Falei com Deus que Me ajudasse a “triunfar” em todos os meus
domínios que lhe havia contado, pois, vivia agora instantes deliciosos e
perfeitos aos meus sonhos que se iriam concretizar, por fim.
Jà me imaginava a voar rumo à Terra Santa.
Jà me imaginei também a fazer os Exames no Hospital e eles me
ajudassem e, eu, a saír vitorioso. Curado. E, pronto a viver e a sonhar.
Brevemente, se saberá.
Faço “figas” para que tudo se resolva da melhor das maneiras.
Estão tudo, amigos preciosos.
Até sempre.
Gosto muito de vós.
António Pena Gil
Feliz Natal, admiráveis e fabulosos amigos.
Estou feliz por o meu sublime e genial médico “tomar” tão bem
conta de mim e do que sou.
Toda a minha gratidão para ele.