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Campanha do Agasalho 2009

Wednesday, May 16, 2018


Uma Noite “Parisiense” Por Altura Do Natal. Dezembro 2007. Recordo.

É noite. Circulávamos pelas imensas vielas do aprazível encanto perto do “Quartier Latin”. Havíamos percorrido a passo decidido e determinado o imenso trajeto através de “Boulevares”, “rues”, vielas ao longo do “Sena”.
Considero o Rio uma preciosa e extraordinária “referência” na ajuda e entrega com que nos “abarcou” e a nossa procura, nunca nos deixando ao acaso em Paris. Como nos direcionou, com magia e determinação,  até aqui, meiga e serenamente.
Observava-nos, atentamente. Sim! O Rio. Na sua majestosa identidade e imponência marcantes. Creio, que nos, sorria. Como segregando e conhecedor das nossas intenções ali.
As pessoas parcas e raras, passavam por nós com simpatia, “ruborizadas” de alegria e amabilidade para conosco. Retribuíamos os seus gestos ímpares de maravilhar e deslumbrar.
Os automóveis passavam velozes conhecedores dos seus objetivos. Por fim, encontramo-lo. Mesmo à nossa frente surgia como por magia o tanto procurado “Quartier Latin”: o nosso destino encantado em que tudo surge e se manifesta com tenacidade e ternura. Era um recanto onde as “Tertúlias” “nasciam” com fulgor e pertinácia constantes.
Entramos na noite “Parisiense”. Um funcionário de um Restaurante típico Grego, chamava os clientes partindo pratos em plena rua. À porta do Restaurante. Disseram-nos que era uma tradição do seu país.
Acabamos por ir comer a um Restaurante típico Francês. De imediato serviram-nos uma “Raclette” apetitosa e a sua cordialidade majestosa e imensa.
Tivemos sorte. Eram hospitaleiros e diligentes nas suas funções, como todas as pessoas gostam de serem tratadas.
Paris fervelhava de encanto e beleza.
Retemperadas as energias, saímos. O entusiasmo crescia. Fervilhava com entusiasmo e felicidade de gente de todos os cantos do mundo.
Apesar de sentir o meu coração bater com intensidade nada vulgar, o destino da noite era outro. O meu coração palpitava. Conhecer o Café frequentado por Sartre e Simone de Beauvoir: “Les Deux Magots”! Sabia ali bem perto de nós.
Enfim. Ei-lo. Pareceu-me que iria desmaiar. O meu sonho havia-se concretizado. Entramos como num lugar “sagrado” para mim. Tomei um expresso que soube ao mundo inteiro.
“Eles estavam lá em sonhos bons. Inesquecíveis.”
Sempre o soube, desde a minha entrada ali.

Foi Uma Noite “Parisiense” Por Altura Do Natal. Dezembro 2007. Que Recordo com Paixão.

António Pena Gil
Obrigado.