Wednesday, May 16, 2018
Uma Noite “Parisiense”
Por Altura Do Natal. Dezembro 2007. Recordo.
É noite. Circulávamos
pelas imensas vielas do aprazível encanto perto do “Quartier Latin”. Havíamos
percorrido a passo decidido e determinado o imenso trajeto através de “Boulevares”,
“rues”, vielas ao longo do “Sena”.
Considero o Rio uma
preciosa e extraordinária “referência” na ajuda e entrega com que nos “abarcou”
e a nossa procura, nunca nos deixando ao acaso em Paris. Como nos direcionou,
com magia e determinação, até aqui,
meiga e serenamente.
Observava-nos,
atentamente. Sim! O Rio. Na sua majestosa identidade e imponência marcantes.
Creio, que nos, sorria. Como segregando e conhecedor das nossas intenções ali.
As pessoas parcas e
raras, passavam por nós com simpatia, “ruborizadas” de alegria e amabilidade
para conosco. Retribuíamos os seus gestos ímpares de maravilhar e deslumbrar.
Os automóveis passavam
velozes conhecedores dos seus objetivos. Por fim, encontramo-lo. Mesmo à nossa
frente surgia como por magia o tanto procurado “Quartier Latin”: o nosso
destino encantado em que tudo surge e se manifesta com tenacidade e ternura.
Era um recanto onde as “Tertúlias” “nasciam” com fulgor e pertinácia
constantes.
Entramos na noite “Parisiense”.
Um funcionário de um Restaurante típico Grego, chamava os clientes partindo
pratos em plena rua. À porta do Restaurante. Disseram-nos que era uma tradição
do seu país.
Acabamos por ir comer a
um Restaurante típico Francês. De imediato serviram-nos uma “Raclette”
apetitosa e a sua cordialidade majestosa e imensa.
Tivemos sorte. Eram
hospitaleiros e diligentes nas suas funções, como todas as pessoas gostam de
serem tratadas.
Paris fervelhava de
encanto e beleza.
Retemperadas as energias,
saímos. O entusiasmo crescia. Fervilhava com entusiasmo e felicidade de gente
de todos os cantos do mundo.
Apesar de sentir o meu
coração bater com intensidade nada vulgar, o destino da noite era outro. O meu
coração palpitava. Conhecer o Café frequentado por Sartre e Simone de Beauvoir:
“Les Deux Magots”! Sabia ali bem perto de nós.
Enfim. Ei-lo.
Pareceu-me que iria desmaiar. O meu sonho havia-se concretizado. Entramos como
num lugar “sagrado” para mim. Tomei um expresso que soube ao mundo inteiro.
“Eles estavam lá em
sonhos bons. Inesquecíveis.”
Sempre o soube, desde a
minha entrada ali.
Foi Uma Noite “Parisiense” Por Altura
Do Natal. Dezembro 2007. Que Recordo com Paixão.
António Pena Gil
Obrigado.