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Campanha do Agasalho 2009

Friday, May 18, 2018


Vi os meus dois filhos com amor!

Quando sai de casa em busca de uma sociabilidade que se me escapa senti um nada, mas, um nada em mim.
Visualizei uma vida complexa e atrapalhada sem interesse para mim.
Abarquei pessoas sem rumo ou um “caminho” seguras.
Aparentei-me a uma existência que não era pertença do que sou. Vi-me incomodado e sem objetivos válidos os credíveis que sempre senti em casa ao pé dos “meus”.
Tão isenta de lógica. Percecionei a vida e senti-me perdido. Ao acaso. Sem nexo. Não me dizia nada de nada.
Quando cheguei a casa senti um alívio marcante, por ser delicioso e sóbrio. Estavam os meus dois filhos. Plenos de sensatez e sobriedade.
Sosseguei-me. Sosseguei a existência. Sosseguei o pensamento. Depois, senti uma felicidade imensa por estar na companhia deles. Afinal, aqui, poderia manter bem vivas a chama de “morar” no meu sentimento direcionado à autenticidade deles. Que me pareciam entendedores e conheceres de quando eu sou eu.
Um dia, um Anjinho disse-me: - Observava-os. Fiz o que ele disse, observei-os. Sim! Com toda a minha atenção.
Não posso esquecer o que vi porque é muito belo. Tão puro. Indescritível.
Sorri ao despertar para eles e eles sorriram serena e majestosamente para mim. Eles e eu percebemos a beleza e harmonia daquela atitude. Daquele riquíssimo gesto.
Não! Não são pertença minha. São pertença do que são. São pertença do que querem ser. São pertença do Mundo.
Sem eles quantos “desertos” existiriam em mim? Apaixonei-me há muito pelo seu encanto e pela sua ternura imensos.
Tenho sorte. Tenho-os em mim.
Vi os meus dois filhos com amor!
É tudo valiosos amigos de sonho.
António Pena Gil
Gosto muito de vós.