Sunday, May 27, 2018
Onde Fui Parar, Meu
Deus?
Provavelmente, nos
confins das pessoas. Dos seus pensamentos. Das suas preciosas emoções. Das suas
vidas dignas que vivem dignidade. Imensa dignidade.
Sabem, por vezes,
sinto-me irreal. “Abarcando” tudo e todos, menos o meu eu subconsciente.
Ignorado. Esquecido. Escondido. Remetido ao que provavelmente sou.
Se calhar egoísta
comigo próprio. Com conhecimento disso. Com certezas. Não me relembro sequer
dele, do meu eu subconsciente. Entreguei-o totalmente às pessoas.
Tenho uma ideia como é.
Conheço-o como é, apesar de esquecido e ignorado.
É visível ou invisível
na sua aparência sóbria. Lúcida. Sensata. Como deve ser. E, eu, apenas tenho
uma vaga ideia dele. Não sei bem se é como o vejo. Só sei que eu sou e já
aparentava que não sabia.
Permanecia só.
Esquecido como sempre fui. “Afogado na limpidez dum lago puro” que desde sempre
tentou purificar-se e cristalizar-se no tempo infinito e, levado pelas “ondas
vagabundas”, pelas “vagas alterosas” e conflituosas do que sempre aspiraram a
ser.
Vida, por onda andas?
Tento “ pegar docemente nela. Embalá-la. Mimá-la. Apertá-la com força e ternura
de encontro ao meu peito solidário numa doce carícia de reconforto Afagá-la num
gesto amigo e entendedor.
Será que consigo? Só
sei que não posso pensar só em mim?
Assim…!
Deste jeito. Desta
forma. Desta maneira.
Apenas, justifico a
minha interioridade meiga. Que faz milagres do existir. Que me auxilia num
auxiliar dos outros. Neste mundo complexo e exigente. Sim! Que nunca entenderei
bem. Que nunca compreendei por completo.
Um Mundo de beleza,
ternura e encanto. Tal e qual.
Onde Fui Parar, Meu Deus?
Obrigado.
António Pena Gil
Gosto muito de todos
vós.