Tuesday, November 21, 2017
O Meu Mundo Pessoal
A minha vida é algo incomum. Sinto-a em mim. “Atiram-me” para
o céu que não é meu. Com majestade. Com adoração e gosto. Aqui não faço nada de
nada.
Sim! Nunca governei o meu EU.
No entanto, é capaz, ainda, de realizar o que me pedem que
seja.
Que faça. Que dialogue. Que fascine. Que ame. Que divague.
Sem ter como o fazer. Apenas, para satisfazer o que sou e o meu Eu cansado.
Exausto.
Digo e faço “isso” transmitindo-o ao meu Universo pessoal.
Tarefa dele. Intransmissível. Que “mendiga” vida. Pura. Terna. Fantástica.
Converso inúmeras vezes com Deus. Digo-Lhe que me
“despacharam” para Lá Cima.
Fica indiferente e absorto No que faz. Com significação. Com
pureza e encanto a que assisto maravilhado e fascinado.
Procuro tratar bem as pessoas. Sim!
São só imensas “anestesias” do diálogo prodigioso e
vulnerável. De imensos Seres Humanos de sonho e de sublime estar sossegados, “agarrados”
e “abraçados” à vida.
Todos aqui fazem grandiosos actos de sublime e admirável ver
a ternura do mundo quando me “encho” gigantescamente nos meus gestos e nas
minhas atitudes. Unicamente minhas.
Porque existo? Sei lá. Ninguém me vê “partir”. Sei que me
preocupo com todos os seres vivos de sonhar. Em que tento ser notável e
atencioso pela ternura na afirmação com/para elas.
Esse vácuo e vazio não são para vós. Eu é que às vezes “meto-me!”.
Bem aconchegado aos afetos que possuo. É seguro e nunca me consternaram.
Nunca me repreenderam pelo que faço ou não faço.
Pelo contrário sou muito feliz e ainda tenho forças para
agraciar e agradecer-lhes de coração visível e apurado. Sim! Todos os Seres Humanos
admiráveis. Se não o fossem gostava deles também.
Apenas não desejo ser frutos de inconveniências. Violentas.
Agressivas.
De um Planeta, acima dos “disparates” que acarinham e
dialogam, mesmo assim. Sem serem sensatos. Sem serem vis e maus.
Blasfemam falta e ausência de afirmação. Que fariam eles?
Penso que já não me “atirariam” para o Céu. De “encontro” a Ele. Com fúria. Com
força. Com desespero. Com uma intencionalidade para magoar e ferir.
Não seria justo. Não seria plausível. Não seria pertinente
num murmúrio de sensatez e harmonia com eles.
Eles e eu “abraçamos” o mundo com arrojo pleno e forte, este
local à parte no tempo. Imbuídos de sublime força e tentando encantar.
Digo isto enquanto estou vivo. E, sinto-me existir. Com vida a
que dou à vida.
Sinto-me “cavalgar” para lugares incertos e feitos para os
relógios impotentes de o estagnar. Parar.
Giramos. Com agitação. Com incredulidade vista nos globos
imensos do tempo.
O Universo dá voltas e voltas e não “conserta” o tempo
necessário e urgente de nos despedirmos de “cá”.
Às vezes, ficamos com cabeça para baixo e para cima. Ah,
gravidade, como fazes falta para girarmos.
Se não fizesses parte do Planeta dávamos um “tombo”
monumental e grandioso. Seria o fim.
O fim da vida. O fim do Mundo. O fim do tempo.
António Pena Gil
Sejam felizes, sublimes amigos de notabilidade, sim?
Gosto imenso de vós.