Preenchem o meu inconstante Ser. O meu inconstante pensar. O meu inconstante sentir.
Monday, November 13, 2017
Ficaria
feliz com a vossa presença. No maior respeito. PENA
Necessito de me
expressar.
Refugio-me nas
palavras com fervor. Dedicação.
Converso sobre a
solidariedade com elas.
Sobre a vida porque
lhe dou vida. Sempre!
São doces. Lindas. Tão
simpáticas e aprazíveis.
Sabem, reconhecem-me.
Sabem quem sou?
Sou eu que lhes peço,
com amabilidade, que me falem. Elas conversam, conversam.
Contam-me como vivem.
Contam-me como respiram.
Enfim, as palavras são
mesmo assim.
Vivem e respiram.
Sentem.
E, eu sinto-as.
Dou-lhes um valor precioso. Dou-lhes e concretizo os seus apelos.
Não podem estar
quietas. Não querem. Não admitem ou consentem.
Mexem-se. Agitam-se.
Bailam com amor, em
mim.
Uso-as com frequência
quando sonho.
Agarram-se a mim, as
palavras, e pedem-me atenção. Pedem-me que eu sonhe. Sonhe com elas. E, eu
sonho.
Dou-lhes toda a minha
atenção como num sonho belo. Puro. Quando eu sonho.
Com uma paixão.
Indescritível!
E, eu sonho muito. Até
exageradamente.
As palavras sabem
preencher as pessoas. Preenchem-nas quando sentem. Quando vivem. Quando amam.
E, amam também.
Moram alojadas lá nos
seus corações doces.
Habitam as emocionais
habitações dos Seres Humanos.
Metem-se nas suas
cabeças quando contam histórias belas.
Histórias alucinantes
de ternura.
De um paradisíaco
sentir. Fascinante.
Conto sempre com elas.
Não! Não as conto. São imensas!
Deslumbram-me.
Acariciam-me. Afagam-me.
Vou-lhes contar um
segredo que lhes segredei: Elas fazem parte do que sou.
Porque razão não lhes
daria a atenção que elas merecem?
São demasiado
importantes para mim.
Preenchem o meu inconstante Ser. O meu inconstante pensar. O meu inconstante sentir.
Preenchem o meu inconstante Ser. O meu inconstante pensar. O meu inconstante sentir.
Talvez, me compreendam
em absoluto. Talvez, elas compreendam o que vai em mim.
Quando as uso, nunca
sinto fadiga ou cansaço.
Convidam-me sempre
para o "baile" delicioso que encetam no meu olhar. O
"baile" delicioso do meu sentir.
As palavras
"bailam" como princesinhas no melodioso compasso da minha vida.
Sim!
Sem elas, sem a sua
imensa doçura, não sobreviveria.
Vou sempre ao
"baile" lindo que encetam no meu olhar.
Maravilham-me.
Encantam-me.
Como?
Por simples magia
arrebatadora de carícia que vai nelas e eu gosto. Tanto? Imenso!
São imprescindíveis.
Escuto-as. Mesmo
quando estão silenciosas. Mesmo na alegria como as vejo.
Vou sempre com elas
para todo o lado.
Como nunca visto vivem
e sentem.
Habitam o sonho irreal
que não prescindo.
Amo-as, as palavras!
Tenho-as sempre bem
presentes no meu coração, as palavras com que falo docemente às pessoas.
PENA
Pena. "As Palavras". 2008. Abril.