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Campanha do Agasalho 2009

Monday, November 13, 2017



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Ficaria feliz com a vossa presença. No maior respeito. PENA



Necessito de me expressar.

Refugio-me nas palavras com fervor. Dedicação.

Converso sobre a solidariedade com elas.

Sobre a vida porque lhe dou vida. Sempre!

São doces. Lindas. Tão simpáticas e aprazíveis.

Sabem, reconhecem-me. Sabem quem sou?

Sou eu que lhes peço, com amabilidade, que me falem. Elas conversam, conversam.





Contam-me como vivem. Contam-me como respiram.

Enfim, as palavras são mesmo assim.

Vivem e respiram. Sentem.

E, eu sinto-as. Dou-lhes um valor precioso. Dou-lhes e concretizo os seus apelos.

Não podem estar quietas. Não querem. Não admitem ou consentem.

Mexem-se. Agitam-se.

Bailam com amor, em mim.

Uso-as com frequência quando sonho.

Agarram-se a mim, as palavras, e pedem-me atenção. Pedem-me que eu sonhe. Sonhe com elas. E, eu sonho.

Dou-lhes toda a minha atenção como num sonho belo. Puro. Quando eu sonho.

Com uma paixão. Indescritível!





E, eu sonho muito. Até exageradamente.

As palavras sabem preencher as pessoas. Preenchem-nas quando sentem. Quando vivem. Quando amam.

E, amam também.

Moram alojadas lá nos seus corações doces.

Habitam as emocionais habitações dos Seres Humanos.

Metem-se nas suas cabeças quando contam histórias belas.

Histórias alucinantes de ternura.

De um paradisíaco sentir. Fascinante.





Conto sempre com elas. Não! Não as conto. São imensas!

Deslumbram-me. Acariciam-me. Afagam-me.

Vou-lhes contar um segredo que lhes segredei: Elas fazem parte do que sou.

Porque razão não lhes daria a  atenção que elas merecem?

São demasiado importantes para mim.
Preenchem o meu inconstante Ser. O meu inconstante pensar. O meu inconstante sentir.

Talvez, me compreendam em absoluto. Talvez, elas compreendam o que vai em mim.

Quando as uso, nunca sinto fadiga ou cansaço.

Convidam-me sempre para o "baile" delicioso que encetam no meu olhar. O "baile" delicioso do meu sentir.





As palavras "bailam" como princesinhas no melodioso compasso da minha vida.

Sim!

Sem elas, sem a sua imensa doçura, não sobreviveria.

Vou sempre ao "baile" lindo que encetam no meu olhar.

Maravilham-me. Encantam-me.

Como?

Por simples magia arrebatadora de carícia que vai nelas e eu gosto. Tanto? Imenso!

São imprescindíveis.

Escuto-as. Mesmo quando estão silenciosas. Mesmo na alegria como as vejo.

Vou sempre com elas para todo o lado.





Como nunca visto vivem e sentem.

Habitam o sonho irreal que não prescindo.

Amo-as, as palavras!

Tenho-as sempre bem presentes no meu coração, as palavras com que falo docemente às pessoas.



PENA 



Pena. "As Palavras". 2008. Abril.