Friday, July 28, 2017
O Meu Adorável Diário Regressou de
Férias!
Oh, vejo-te airoso, bronzeado e mais calmo, diário de sonho.
E, “trabalho”, nada? Confesso que descansas-te. Deste por
ignorado o espaço. E, o tempo.
E, eu que desabafo contigo imenso? Que te faço estares atento
a tudo o que sinto? Que nunca te ignorei? Dizes-te sempre parte de mim e do que
sou?
O Senhor Gonçalves? Nem me fales desse Senhor? Está cada vez mais
difícil de lidar com ele. Continua numa roda vida à minha procura para me dizer
coisas más. Horríveis. Macabras. Próprias de um ser humano desumano e desprezível.
Ninguém pode falar com ele, sabes? Humilha. Causas feridas
psíquicas sem cura possível. É mau e vil. Faço por ignorá-lo. Não! Não é
possível lidar com ele. Já não existem pessoas maquiavélicas assim.
Sim, adorável diário, acredita? Nunca penses cair nas mãos
dele. Descaracteriza-te e despersonaliza-te num ápice de maldade. É assustador,
sabes? Talvez, seja feliz agindo como age.
Eu é que não posso fazer nada. Tem que ser ele a dar conta
das suas condutas más e das suas atitudes de imensa iniquidade. Só ele poderá
mudar e alterar o seu procedimento, acção e gestos agradáveis e felizes para
gostarem dele.
Assim, não! Deita aquele olhar de malvadez e difícil de
aceitar. Assusta. Mete medo. Tem pensamentos cruéis e de violência naquele
gigantesco corpo desapropriado de meter pânico só de o ver. Só de estar perto
dele. Eu é que não consigo. Cheiram mal, o seu pensamento e o seu sentimento.
Só pensa que é mais do que os outros.
A menina dos adoçantes? Olha, lá anda. Sim! A espalhar o
terror por todas as pessoas com os seus adoçantes malévolos e de causar marcas
incuráveis e doentias.
Está tudo, adorável Diário?
Ai, tinhas saudades? Eu também.
Fica bem, sim? Teremos inúmeras formas de nos encontrar.
Sempre foste o meu adorável Diário, onde deposito tudo o que penso e sou.
Por hoje, basta. Vejo que estás cansado. Exausto. Vai descansar.
Amanhã podemos falar mais tempo.
Gosto muito de ti.
Sim! Com imensas saudades de ti.
António Pena Gil