Thursday, January 25, 2018
Estou Fatigado!
Olho os móveis. Toco o tempo. Olho e não devia fazê-lo.
Estou exausto.
As prateleiras observo-as com aprazível sentimento. Sorriem
para mim. Retribuo como posso e sei. No balcão do Ser está uma quietude “cúmplice”
do meu viver. Uma pacatez de pasmar. Os quadros
encetam uma dança maravilhosa e de enternecer que me deliciam. Que me fascina e
encanta de grandiosidade marcante.
Fazem-me falta as anestesias. Faz-me falta a menina dos adoçantes.
Preciso da bondade humana do Sr. Gonçalves. As gavetas estão repletas de calma
e sossego.
Estou cansado de mim.
Não. As estrelas lá no Alto de bonomia interplanetária exigem majestade e excelência. Difundem um
pensamento apurado. Puro e terno.
As paredes estão comigo. Possuo-as visíveis e presentes.
Parecem abraçarem-me. Parecem –me receberem no seu seio de
ternura invejável. As mesas abarcam tudo
de simpatia e amabilidade porque ainda respiro e sinto. Que não me deixam mal
calcorreando-me.
Espero que estejam felizes e de bem com a vida.
Estou cansado. Imensamente exausto.
Estou em casa visualizado de aprazível sentir e estar.
A vida compõe e justificam-me num abraço sincero.
Estou
Fatigado!
É tudo.
António Pena Gil
Tudo de bom, amigos extraordinários, sim?