Wednesday, June 28, 2017
Dei férias ao meu diário!
Numa sociedade exigente e, cada vez, mais complexa resolvi
dar férias ao meu adorado Diário. Sim! Com quem “expludo”. Com quem divago
imenso. Com quem lido e acento todos os meus sonhos e pensamentos nele a pensar
no majestoso “Firmamento” terno das pessoas.
E, faço-o por me parecer justo. Merecedor. Amigo. Cúmplice
dos meus devaneios pelo lindo e maravilhoso estar das pessoas boas e sem
maldade.
Já tenho imensas e gigantescas saudades dele. É que ele
consegue suportar-me. Aturar-me. Dar-me uma vontade e afago grandioso quando
o faço. Necessito muito dele.
Ando um bocado ao acaso de mim. Sou um vagabundo da escrita.
Que nos leva onde o desejamos e ambicionamos. Pedindo-lhe com educação e
civismo o que pretendemos fazer. “Mostra-nos”, de pronto e imediato, a sua
colaboração e alegria por eu viver nas “anestesias” dos médicos, ultrapassadas
e desadequadas.
Acreditem, que estou no meu perfeito juízo.
Gostava de “cavalgar” nas palavras, de bem com o Planeta que
me acolhe e corrige, com amabilidade, carinho e simpatia o que profiro.
Rectifica e corrige todos os meus erros. O meu sonhar!
O Diário dá-me segurança nos meus actos.
Dá-me liberdade e autonomia para eu ser eu.
Um eu que pensa.
Um eu que se preocupa.
Um eu feliz e alegre como trato com excelência o meu “Mundo”.
E, também e, principalmente, o “Mundo” dos menos protegidos. Dos sem-abrigo.
Das crianças e dos adultos enfermos nalgum Hospital sem esperança num conforto
rápido e célere na sua cura imediata e pronta.
Um dia chegará o seu desejo e ânsia no restabelecimento em
que já não acreditam ou desejam. Vivem desapontados. Vivem infelizes. Vivem sem
“amor” ou ternura no pensamento deles
que um dia irá acontecer com eles. Por ser justo. Por ser abençoado por Deus.
Que nada exige. Que nada justifica. Que nada os socorre. Ou resolve os seus
problemas imediatos.
Fiz asneira. Suplico-te que me auxilies Diário extraordinário
e perfeito.
Preciso do meu Diário.
Sejam felizes, sim?
Gosto muito de vós.
António Pena Gil