Sunday, June 25, 2017
Oh, meu Deus, como me faz falta tantas “anestesias” para eu viver!
Olho-me. Vejo as horas no meu relógio. Faz-me alergias no
pulso. É por isso que nunca o coloco lá.
São seis horas da manhã. Tarde. Faz-se muito tarde. Comunico,
bem desperto com todos e todas que me fazem. Ah, se o tempo pudesse retroceder
um pouco. Um pouco, somente. Nunca mais me perturbaria saber o tempo.
A vida é linda. Sopra-me saúde. Sopra-me existir. Estar vivo.
E, eu que gosto imenso de existir. Existir entre pessoas, que me tornam um
desconhecido.
Que pretendes dizer?
“Habito” um mundo maravilhoso. Que merece que eu lhe dê
imensa significação. Toco as “anestesias” que penso. São necessárias. Ao
bem-estar e à Paz do meu pensamento
e do meu
sentimento.
Percorro o Planeta. Ao acaso. Sem objetivos definidos. Só
quero colocá-lo onde deve estar entre nós.
Choro. Choro a vida. Que alegria imensa sinto por viver feliz
e em felicidade plena só de me poder pensar e viver. O meu mundo auxilia-me.
Ajuda-me. É solidário comigo e com o que sou. É, por isso, que lhe dou toda a
minha escassa ternura. Todo o meu carinho.
Dedicação.
Sou amado. “Isso” sei. Absolutamente!
A mesa, mesmo situada perto mim, abarca uma parafernália de
papéis moribundos. Não sei se devia deitá-los fora. Só atrapalham o meu Ser. A
garra. A pertinácia do meu querer que deposito na minha existência que vivo.
Com fervor. Com respeito. Com fascínio.
Só sei que estou vivo. E, vivo nas pessoas que me querem bem.
Assimilo mais um dia. Toco-lhe por ser real.
Toco-lhe, por ser vivo o meu “amor” pelas pessoas todas.
Vivam!
Nasceu mais um dia.
Sejam felizes, sim?
António Pena Gil