Friday, August 25, 2017
Vida onde Paras?
Eram 2 horas da manhã quando abri os olhos e me levantei num
salto acrobático circense rumo à escrita.
Desci as inúmeras escadas da casa que pareciam nunca mais acabarem
Pareciam ser pertença de um “Firmamento” interpessoal sem fim à vista. Ao
olhar. Ao desenho ocular e celestial de gente que não faz outra coisa.
Isto é, como ao alcance e visivel poderem ser vistos
desconhecidos de lá do Alto..
Tenho levado uma vida pacata. Em paz. Em sossego. Em
bem-estar.
Sabem, o universo pessoal das pessoas é mesmo assim:
Imprevisível. É feito de gestos e atitudes impensáveis e de surpresas
impetuosas e impensáveis. Sim! Aqui foi.
Repetidamente, tento dizer aos meus semelhantes que nunca
deveria existir. O meu pensamento e os meus gestos verbais e escritos são
sempre “vagabundos” sem valor ou sequer terem a azáfama de os lerem.
Ao dar a este “escrito” alguma dignidade e valor dei-lhe o
nome de um livro meu. Desta forma sentir-se-ia mais seguro e protegido, tenho a
certeza. Sim! Tenho a certeza absoluta. Intensa. Vigorosa. Plena de sonhos
perdidos. Plena de atitudes cívicas e morais que deviam ser “apanágio” de todos
e todas.
Escrevi estas letras comunicativas e expressas no desencanto
do que sou. Do que sinto. Do vagabundo delas. Ao acaso. Assumidamente ao acaso.
Já de si esquecidas.
Gosto de reler o que escrevo
e as palavras dão-me à vontade e ética para a Cidadania deles e delas.
Explicar-lhes que sinto. Que sou. Que amo também.
Vontade não me faltará, mas calma e docemente gosto das
palavras e do gosto delas. Suplico-lhe o que estou a fazer aqui às 2 horas da
manhã? Inventei. Inventei e inventei.
Depois, tudo tornou-se mais fácil. Elevei o olhar ao Alto e
vi deslumbre e encanto. Escrevi logo nele algo que prima pela soberba e
extraordinária visão me concede visualmente.
E, foi neste monólogo doce e afetuoso que terminei. Foi o fim
da noite. Nãoi o fim da minha existência cansada. Desgastada. Sem definição.
Acabou. Não irei dormir. Fico a fazer sentimentos e
pensamentos com um clicar fácil, mas provoca cansaço. Me concede ser real. Ao
pé de toda a vida. Ao pé das estrelas. Dos astros.
E, de Deus.
António Pena Gil
Bem-Haja, de gratidão e amizade a todos.
Sejam felizes, sim?
Gosto muito de vós.