Thursday, August 03, 2017
Eu.
Vivo sempre inquieto. Salto. Pulo. Corro. Vivo preocupado.
Sem razão. Só sei do meu ser desassossegado. Que não entendo. Que nunca
compreenderei ou entenderei.
Sei que vivo há imenso tempo entrincheirado em mim próprio.
Busco a vida. O meu mundo. O meu Ser com a Alma do carinho.
De uma ternura imensa.
As pessoas dizem-me muito. Sim! Desejava compreender,
principalmente, as que sofrem.
Sou cúmplice delas. “Habitam” o meu estar. Com felicidade e
alegria como “constroem” a sua existência. Que é delas. Tão sofrida. Tão
“mutilada” de inconformismo. Ansiosas. Não! Farei tudo o que Deus dirá na Sua
eterna ajuda e deslumbre.
Hoje, “fui ver o meu adorável pai” inexistente no Planeta.
Falei-lhe de orgulho. Falei-lhe de afectos. Falei-lhe de tudo o que era neste instante
de tanta dor por ele “partir”. No final disse, somente: Adeus, querido pai
lindo.
Como sonho tanto, meu Deus maravilhoso e extraordinário.
O meu universo pessoal expressa-se em sonhos. Sonhos
sonhados. Sei que me preocupa imenso. Há algo no meu ser que “explode” com
beleza que as pessoas merecem. Sim! Todos e todas. Sei que são meus amigos do
meu coração inconstante.
Possuo e consulto a minha Alma que é pura e minha. Nunca tive
desconforto. Ansiedade. Nunca pactuei com o mal. E, ela faz-se decidir-se por
amor. Amor ao Planeta que nos faz.
Inquieto. Angustiado e cansado, vivo.
E, isso é esplendoroso. Perfeito. Rodeado de seres de encanto
e fascínio que estimo e respeito muito.
Sinto bem-estar. Sinto, agora, tranquilidade. Sossego pelo
sossegar da Alma. Sossego pela paz. Que sinto. Sim! É bem visível em mim.
Estou “apaixonado” pelo existir. Pela vida que Ele me
encomendou.
Sonho o meu mundo pessoal com virtuosismo. Adoração. Beleza.
Merecem, por completo.
Somente, vivo num constante ser emotivo. Que carece da eterna
vida aqui. Como está a ser pensado pelas pessoas de vida plena.
Incessantemente. Sem conformismo.
A vida também pertence a eles e elas. E, eu adoro que o
façam. Sinto comoção e sensibilização por essas pessoas que não conheço. Que
gostava de conhecer.
É tudo.
Sejam felizes, sim?
António Pena Gil