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Campanha do Agasalho 2009

Sunday, September 27, 2009

Recordações de Infância: “O Pintor Sem Rosto”



(Vale a pena ouvir. Se o desejaram fazer verão três talentos fabulosos da música Universal)


Quando ainda de tenra idade senti estes instantes únicos. Inabordáveis por viverem no fascínio de mim.
Tempos inesquecíveis que passo a descrever com um "brilhozinho" no olhar e no coração por descreverem e existirem no que sou e percepciono com emoção abraçando-os com muito carinho.

Pertencem ao meu Mundo.

Tínhamos bem presente em nós que aquela gruta estava abandonada e que havia perigo nos poços de água profundos e escuros que podiam engolir-nos nas suas trevas.

Tremíamos pelo frio sentido ali, mas também por encontrarmos a angústia do querer em todos nós, cada vez que caminhávamos mais para o seu interior.

O nosso coração parecia estalar pela ousadia de perturbar aquele lugar, um espaço que não era nosso, mas que defenderíamos e conheceríamos até à morte.

O suposto guardião da gruta dos nossos sonhos era o Nóbrega.

Nunca o entendi verdadeiramente.

A sua postura fingia ignorar-nos ou ignorava-nos mesmo.
Havia nele algo de sofrido, ausente do mundo. Sentava-se à porta de sua casa num banco de madeira tosca e pintava.

Expunha os quadros ao longo daquela rua, mas nada fazia para os vender. Olhava-os demoradamente.
A sua Arte parecia absorvê-lo, extasiá-lo. As suas obras pareciam deliciá-lo, mas ele não estava ali, disso tinha eu a certeza absoluta.

Por vezes, imaginava-o em sonhos, montar num cavalo alado e cavalgar rumo a destino incerto, distante dali, até ao infinito.

O pintor não tinha corpo, habitava somente o espírito e a alma! Mesmo a gruta que era sua, estava certo, que ele não a conhecia.
Quando passávamos com medo dele, nunca proferiu um gesto, uma palavra. Intimidava, somente, não sei por quê. A par disto, nunca ouvi a sua voz, pois, não articulava um som, uma sílaba, uma letra, pelo menos que saísse para o exterior de si.

Talvez falasse com o seu interior!
Nunca consegui sequer, ler-lhe os olhos para sentir um pensamento, uma emoção, pois, quando passávamos furtivamente, estava sempre de costas virada para nós.

A avó Maria nunca soube das nossas investidas ali.
Quando alguém falava do pintor ela sorria com ternura e abraçava o olhar, de forma aprazível e misteriosa.
Hoje, sinceramente, penso que o guardião da gruta estava, somente, na nossa imaginação, na ilusão acalentada e consolidada dos nossos sonhos inocentes, doces, infantis.

Pena

É tão bom Recordar…
Pena. Dia 27 de Setembro de 2009. 24.00 horas



MUITO OBRIGADO sincero e sentido pela vossa simpatia.
Bem-Hajam, TODOS!

Sunday, September 20, 2009

Porquê, agora, os livros? Os livros preenchem um espaço precioso nas estantes que sussurram do seu lugar tranquilo. Harmonioso.


(Um extraordinário talento de Mário Viegas. Fabuloso)



Porquê, agora, os livros?

Gosto do sentido que dão aos meus pensamentos. Emoções. Sensações aprazíveis.

Não! Não tenho muitos porque gostaria de ter mais. E, mais.

Só por essa razão! É uma razão preciosa, como todos o sabem.

Porquê, agora, os livros?

Os livros preenchem um espaço precioso nas estantes que sussurram do seu lugar tranquilo. Harmonioso. Sempre que lhes lanço o olhar, reagem timidamente. Adoram o meu afecto. O afecto de sempre. Cristalino. Respeitável.

Expressam-se, assim. Comovem-me, assim.

E, fazem com que me sensibilize.

Estão a “morar” na casa que lhes reservei para habitarem. Adoro-os. Olho-os com a minha ternura. Digo: São meus!

A minha existência neles é real. Profunda. Por vezes, contemplo-os num silêncio de veneração. Fascínio.

Vivem felizes ao meu olhar terno quando os observo. Demoradamente, sem pressas.

Alertei-os para que falassem comigo quando lhes surgisse o apetite de desabafar.

Coexistem como bons vizinhos lado a lado, encostados uns aos outros e solidários entre si. Estão acomodados, sabendo que me preocupo com o seu bem-estar. Sinto em mim a sensação que os incomodo demais.

Deviam dormir mais, descansar, os livros da existência. Minha e Vossa!

Pressinto-os. Ouvindo as suas confidências baixinhas, não querendo incomodar-me.

Fazem silêncio, quando estou ao pé deles.

Não perturbam as minhas opções literárias fantásticas.São cúmplices. Simpáticos. Amáveis.

Não são egoístas, apesar de ostentarem uma pequena inveja, muito pequena, quando não são relidos. Lidos foram. Todos.

A sua bela presença não é passageira no meu pensamento. Por vezes, “abuso” da sua leitura atenta. Desmedida. Exagerada.

São simpáticos. Emanam simpatia que retribuo com agrado e alegria.

Simpatia.

Os Compêndios do Saber “despejam” sonhos com afabilidade. Existe um compromisso meu com eles. E, sonhos geram sonhos. Os livros fazem sonhar. Comportam, no seu interior, Pessoas. Mundos. Vidas. Seres Humanos com uma história. Contos de maravilhar. Um imenso poder mágico. Sensível. Doce.

Nunca me zanguei com eles. Com as pessoas acontece. Pouco. Apenas, amiúde. Com eles nunca! Jamais o faria!

Deleito-me só de os olhar. De os ver perto de mim. Estão no silêncio omnipresente. De um carinho imenso. Aprecio o que me contam. Quando se abrem para mim.

“Falam” de forma mágica contando “vidas”. Com aquele sentir incomunicante por ser arrebatador. Tanto! Que lhes vai no seu interior tão, tão, tão… Imensamente rico. De sentimentos e emoções que tanto “choram”, como “sorriem”. É assim, a vida.

“Habitam” carinhosamente no meu pensamento. De maneira plena e intensa.

Deixam-me ser o que sou. O que sinto. O que faço.

O que pretendo, carinhosamente, ser e sentir.

São companheiros de uma vida!

Estão sempre ao meu lado…

Como os respeito, estimo e considero…!

Bem-Hajam, Livros!

O conteúdo das prateleiras sorri, deliciosa e ternamente para mim, sabem…?

E, eu gosto.



Pena


Pena.Setembro.2009. "Imbuído de sensibilidade que a leitura suscita".


OBRIGADO pela Vossa magistral simpatia e amabilidade de SEMPRE

MUITO OBRIGADO

Bem-Hajam, Amigos(As) de Sonho...




Monday, September 14, 2009

Este Último Fim-de- Semana Meti-me Num Avião E Fui Parar A Paris. Ia Conhecer o “Moulin Rouge”…Hoje, em dia até para Crianças é! Extraordinário….





Já no ar, senti o avião abanar. “Turbulências” anunciou o Comandante no Cockpit.

Afundei-me na cadeira, agarrei uma mão deliciosa com fulgor e deixei-me levar.

A aterragem foi uma catástrofe. Inclinou-se a asa do avião para um lado e para o outro, bamboleando de forma perigosa. No final, após guinar vezes sucessivas pousou no Aeroporto de Orly (Paris).


Descansei. Descansaram todos por entre gritos e aflição.

Aterramos…solo bem firme. Daqueles que não bamboleiam.


Paris estava bem no sítio. Uma “Cidade das Luzes”, admirável. Um povo com uma língua falada terna, doce, melodiosa. Cristalina. De ouro.


As margens do Sena aconchegavam e protegiam o rio, numa atitude de encanto, conforto, amparo, amizade ali bem perto da mais que conhecida em todo o mundo, La Tour Eiffel. Tudo dito, relembrado e afirmado ao Divinal Sena, numa história de enamoramento há instantes ancestrais escutadas, inventadas e reinventadas de pureza e fidelidade.

O Louvre lá estava. Os seus tesouros guardados nas pessoas que o visitam. Mona Lisa também, na presença de uma metralhadora real. Mão no gatilho. Brincamos rebolando no verde estonteando do Jardim das Tulherias.


Antes, Havíamos visitado o Sacré- Coeur. Majestoso.

Almoçamos num Restaurante do Quartier Latin. Sim! Aquele dos Restaurantes acolhedores em excesso, fruto de personalidades do Mundo das Artes que ali a discutem, com fervor no seu ponto de vista que desejam ser o mais convincente. São o ardor, a tenacidade, a firmeza dos argumentos que fazem este lugar, cantinho das tertúlias e dos sonhos.


L´ Arc de Triomphe espraiava-se em direcção aos Champs Élisées. Era como um “porta” de entrada. “Porta” de Boas-Vindas à imponência. À magistral sensação de enormidade em todos os aspectos até nos cafés não tomados por serem incomportáveis ao Cidadão/Turista.

A praça da Bastile e o seu significado profundo de vitória armada de tempos atrás. Tempos conflituosos, indesejados e desajustados. Ergue-se o seu símbolo no meio da sua imensa significação.


A Igreja de St-Suplice era imperdível de recordações. Notre- Dame. Rue de Rivoli. O Palácio E Os Jardins De Versalhes. Montparnasse. O fatídico Túnel D´ Alma, onde faleceu a Princesa Diana.


Até que nos surgiu o mítico Moulin Rouge, tantas vezes mal entendido.

Vi tantas crianças. Vi tantos idosos. Pessoas de variadas nacionalidades.


Jantei e vi o espectáculo, cujas opiniões tirei no final de agradabilidade e de pureza naqueles corpos suados de mulheres do espectáculo injustiçados, de vez em quando. Quantas vezes maltratadas? Agora são princesinhas de sonho que concebem Arte, do mais saudável, perfeito e inofensivo estarem. Não vi nada de mal. Pelo contrário de elogiar. De enaltecer. De deslumbrar e maravilhar…talento…magia…instantes ímpares de beleza artística.

Adorei! Foi tudo tão inesperado. Vamos…? Vamos…! E, concretizou-se um sonho a dois…

A Felicidade “coloriu” o instante mágico e mítico a que assistia. Como adorei!

Quando regressei, foi como um jacto veloz sulcando os céus. Paris – Porto, uma hora e meia.

Admirável. Fabuloso. Parecia uma “bala” rasgando os céus por onde passava.

Como fiquei grato a Paris…

Gosto de fazer as “coisas” assim…

Vamos…?

Vamos…! E, fomos....!

Foi uma visita a Paris contra-relógio que deu para tudo...

Cheguei à escola cinco minutos antes de tocar à entrada para a sala de aula.

Conheci os paradisíacos sonhos de Paris, em data especial e não faltei aos meus deveres profissionais...

Perfeito...!

Pena

MUITO OBRIGADO sincero, AMIGOS (AS) DE SONHO…

BEM-HAJAM!

Pena. Dia 14.09.2009. “Ida a Paris”. 23.30horas. Em casa.



Saturday, September 05, 2009

Diário de um Professor: A Aventura da Vida Infantil...!


(Dedico esta extraordinária e doce melodia fabulosa a todos os que me visitam.
Oxalá a conservem aqui. Reparem no olhar enternecido e embevecido da Senhora de semblante maravilhoso que está a vê-lo. Totalmente deliciada. Um momento lindo…! OBRIGADO!)



Olho o Mundo. Olho a vida. Observo que fluí docemente.
De uma forma cristalina.

Conheci muitos “Mundos”. Muitos “Mundos” belos. Puros. Lindos de sonhar...
Ao leve desenrolarem da sua eterna magia.
Não! Não preciso de a esquematizar? Surge “viva”. Apurada. Maravilhosa.
Ao olhar terno e doce de qualquer pessoa.

Nunca descobri seres humanos de uma vivacidade e alegria tão surpreendente.
Respeito-os.

A aventura da vida em que se lançam, merecem-me toda a dignidade e pureza do que são.
Ali. Existem “Vidas” pequeninas. “Vidas” preciosas. Encantadas. Feitas pelo “feitiço” da ternura.

Ninguém pode silenciá-los. Nunca o permitiria. Têm “Vidas” para contar.
Tento entendê-los. Sem os entender, se calhar...
A aventura da vida infantil transportam-nos. “Eleva-nos” para Mundos de fantasia. De encanto. De beleza.

Não passo de um Professor ignorado. Simples. Sincero. Que ninguém conhece.
Existo, apenas e só, para entender o mistério da vida que os chama a viver. A “Serem”!
E, Eles e Elas, “são-no”. Na plenitude do seu harmonioso “Ser”, entendem?

Para quê explicar, o que já está explicado.
A aventura da vida em que se lançam é preciosa.

Comporta “tesouros” que entendo tão bem, tão bem!•Percebem?
Sei que sim.

Então, tudo está bem.

Só um "pormenorzinho/Gigante"...Sim?

Sim...

A todos, no seu Processo Educativo:

Urge que os deixem descobrir a aventura da vida tão bela que encetaram na sua descoberta...

Respeitem, peço-lhes… os sonhos em que vivem...porque sonham…

Eles são de encantar…Acreditem…?

Pena


OBRIGADO, AMIGOS (AS) PELA VOSSA CONSTANTE SIMPATIA E AMABILIDADE.
NÃO OS (AS) ESQUECEREI NUNCA, SABEM…
OBRIGADO sentido…!
Bem-Hajam!
Pena
Pena.Setembro2009. Dia 05. “Recordando o Cantinho da Terra do Nunca”.
Como tenho Saudades! Desculpem!